
Uma cerimônia no Real Gabinete Português de Leitura, no Centro do Rio de Janeiro, lançou, na manhã desta sexta-feira (11), a marca do Rio Capital do Livro.
O Rio assume o mandato a partir do dia 23 de abril, Dia Mundial do Livro e dos Direitos do Autor, e contará com uma programação para estimular a leitura. O símbolo foi revelado depois da execução de ‘Cidade Maravilhosa’, hino oficial da cidade É a primeira vez que a Unesco concede o título a uma cidade de língua portuguesa, que visa incentivar a leitura e a busca pelo conhecimento. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e a ministra da Cultura, Margareth Menezes, assinaram um protocolo de colaboração entre o município e o governo federal. Assim, a capital fluminense assume o compromisso de difundir a leitura e desenvolver atividades ao longo do ano.
‘Cidade sem ponto final’, diz prefeito
Eduardo Paes definiu o Rio de Janeiro como uma cidade “sem ponto final” e destacou que o evento contribui para políticas de educação.
“Não existe nação sem livros. Ser patriota é defender a leitura, instrumento de conhecimento e cidadania”, destacou o prefeito.
Paes destacou o papel da literatura que se transforma em várias formas de cultura. E que, sendo uma cidade em língua portuguesa, abraçará as culturas originárias e todas as outras que fazem parte da cidade.
“Ao trabalharmos pelo livro, fazemos justiça à história do Brasil”.
A ministra Margareth Menezes destacou grandes nomes da literatura brasileira que viveram no Rio de Janeiro, como Machado de Assis e Clarice Lispector, e destacou o papel da cidade na abertura de um diálogo com o resto do mundo e construção da identidade brasileira.
“Essas vozes moldam a nossa cultura e fortalecem a nossa identidade”.
A ministra encerrou o discurso cantando uma versão musicada do poema ‘Fanatismo Minh’alma, de sonhar-te’, de Florbela Espanca.
Na quarta-feira (9), um evento na Academia das Ciências de Lisboa, Portugal, marcou o início das celebrações do Rio como sede do evento.
Como é a escolha?
A Unesco seleciona anualmente uma cidade para se tornar a Capital Mundial do Livro, durante um período de doze meses, a partir do dia 23 de abril, conhecido como o Dia Mundial do Livro e dos Direitos do Autor. As cidades candidatas preparam um dossiê detalhando suas iniciativas e projetos destinados a promover o livro e a leitura. Além disso, a cidade escolhida assume o compromisso de difundir o livro para todas as pessoas e desenvolver programas e atividades relacionados ao tema ao longo do ano. Além de sediar por 12 meses uma programação voltada para a promoção do livro e da leitura, a nova Capital Mundial do Livro entra para uma rede de cooperação internacional com as cidades dos anos anteriores. A candidatura da capital carioca foi conduzida pela Secretaria Municipal de Cultura e contou com apoio de outras secretarias e órgãos do governo municipal, como a Coordenadoria de Relações Internacionais. Apoiaram a candidatura o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), a GL Events, que também promove a Bienal do Livro do Rio, a Associação Nacional de Livrarias (ANL), o Real Gabinete Português de Leitura, a Fundação Biblioteca Nacional, a Academia Brasileira de Letras (ABL), a Fundação Roberto Marinho, a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e o Pen Clube.
24 de junho de 2025
23 de abril de 2025